segunda-feira, 16 de maio de 2011

Brevidade III

Depois de experimentar o sangue ainda é possível se contentar com o vinho?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Irremediável


Sabe quando o café fica ruim e tentamos consertá-lo?
Coloca um pouco mais de açúcar, um pouco mais de água e ele vai ficando cada vez pior.
Pergunto-me porque as pessoas têm a mesma obstinação nos relacionamentos...
Quando bebemos o primeiro gole e percebemos que está ruim já sabemos que o mais sensato é derramar ralo abaixo e juntar novamente os ingredientes em busca da composição adequada, mas ainda assim continuamos tentando “salvá-lo”. Seria por orgulho da própria persistência? Ou seria ainda a incapacidade de aceitar o fracasso da investida?
De qualquer forma, vou colocar um pouquinho mais de água quente que o meu café já ficou frio.

terça-feira, 30 de novembro de 2010


Alguém sabe se existe paixão em comprimidos?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Brevidade II

Algumas pessoas assistem novelas.
Eu assisto pessoas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Brevidade I

Meu avô me ensinou a andar pela contramão.
Só assim eu conseguiria ver o que estava por vir.

domingo, 10 de outubro de 2010

Minutos antes do “depois”

O ‘eu te amo’ sincero entrecortado por lágrimas quentes. Eu só queria que ele me abraçasse enquanto choro baixinho por tudo que podíamos ter sido e pelo que jamais seremos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Abstração de si mesma


“Eu preciso cuidar de ti”.
Não, ela não precisava.
Ela precisava esquecer-se de si mesma, nem que para isso um pseudo-altruísmo surgisse; sentar na platéia e se apaixonar por personagens, imaginar a quarta parede e olvidar que ela também poderia atuar. Contemplar à distância, sonhar, chorar, todos os sentimentos permitidos desde que não fossem seus, desde que todas as situações fossem recriadas da forma mais impessoal possível.
Impessoal, morno. Nem as nuvens se mexem no céu. O ar denso tornando tudo surreal como nas tardes quentes do passado.