sexta-feira, 30 de julho de 2010

Na rejeição, na angústia e na solidão eles tinham um ao outro.
Ela quis consultar o relógio, ele não a deixou, puxando-a para outro beijo com hálito de anis.
Ela conseguiu se desvencilhar e disse que precisava ir ao banheiro. Ao voltar, estava com olhar assustado, começou a pegar suas coisas.
Ele esfregou o rosto de maneira infantil: “era por isso que eu não queria que tu olhasses o relógio. Sabia que se soubesses que já amanheceu irias querer ir embora”.
Como uma cinderella às avessas, ela partiu.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Déjeuner du Matin

Tá tosquícimo mas como primeira experiência áudio-visual achei válido postá-lo, mas por favor opinem mesmo que criticando :)
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A dor silenciosa;
A zelosa contemplação.
O tédio.
O vazio.
A indiferença.
O enjoou na alma.
O Jazz ao fundo fazendo dueto com a chuva são presenças melancólicas, assim como o café e os cigarros que entopem o silêncio conferindo alento à solidão dos personagens.
A câmera ora subjetiva, ora um terceiro olhar sobre o casal jovem e acorrentado pelo desânimo. A imagem, em nenhum momento completamente estável, remete a uma respiração impaciente conferindo tensão aos minutos que se seguem na sequência de planos rotineiros de um café da manhã.